domingo, 2 de outubro de 2011

Teoria Amorológica






Passei a semana toda indo dormir às 4a.m., no mínimo. Indo, não se iludam com indo e efetivamente dormindo. Motivo (clássico): trabalhos da faculdade na última hora. Bem, faculdade é uma instituição sugadora de tempo, criatividade, expressão e, principalmente, dinheiro. Mas isso é assunto pra outro post.

Nessas noites frias da região serrana do sul do Brasil, ficar acordada até altas horas, com uma boa conexão à internet, me faz refletir sobre uma porção de coisas, já que a madrugada sempre me ofertou essa abertura e fluxo livre na mente do que no resto do dia. E foi criando o trabalho clichê sobre o expressionismo que deparei-me com coisas que remetem meu passado. A nostalgia foi tanta que por vezes caí em um mesmo vale de lágrimas, quase quase sem fim.

Ao término de uma relação amorosa, principalmente se ela foi intensa (como a minha), ficamos todos nós, meros mortais, mais sensíveis à "sinais" que a vida nos cutuca. É de praxe que a pessoa que então torna-se mais um carente no mundo, fique suscetível à músicas, filmes, gestos, sensações, situações que o façam sentir-se o último dos românticos que resistiram à guerra pós-modernimo. Sim, porque ser moderno hoje é ser independente e ser independente significa não depender de algo ou alguém. Acreditem.

E então, ao deparar-se com o mundo real outra vez, numa rápida análise em meio ao turbilhão de situações que acabaram tornando-se corriqueiras, percebe-se um grande número de carentes ao seu redor e, surpresa!, você já não se sente tão sozinho. Redes sociais integram nossos infinitos particulares de forma rápida, curta e objetiva para que todos possamos nos curtir e nos sentir um pouco mais amados, novamente. A carência e o desespero é tanto, que uma notificação muda tudo.

Eu sou a favor. Sim. Sou a favor do instantâneo, do "pra ontem", do "só por uma noite" - mesmo que queira um belo "só para sempre". Sou a favor da internet, das redes sociais, das propagandas e da incrível forma com que todas essas coisas nos unem com pessoas completamente estranhas que tornam-se, rapidamente, followers ou novos "amigos". E sou a favor do amor, não importa como, quando e onde.



Nenhum comentário:

Postar um comentário