segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Os 5 Estágios de Kübler-Ross





O Modelo de Kübler-Ross propõe uma descrição de cinco estágios discretos pelo qual as pessoas passam ao lidar com a perda, o luto e a tragédia.

Eu sou louca por Adorável Psicose, a série engraçadíssima do canal Multishow, estrelado, escrito, pensado e finalizado pela incrível Natália Klein. Já aprendi muitas saídas e assuntos que me deram um super help em vários momentos - o que me faz amar a série ainda mais. Pois foi em um desses episódios que conheci os 5 Estágios de Kübler-Ross e que, magicamente, foi como descobrir a resposta pra todos os dramalhões dessa minha vida sagitariana. Os 5 Estágios de Kübler-Ross é como um roteiro lógico da vida, de modo que todos nós somos afetados sempre pelos mesmos cinco lamentáveis estágios, onde quer que nós estejamos, seja lá quem nós realmente somos.

Perceba na prática:

1. Negação
 "Isso não pode estar acontecendo."

 Quando algo ruim acontece, é difícil acreditar. Ou não se quer acreditar. Vai tudo muito bem, ou muito estável, ou muito ruim mas um "ruim confortável" e vai ser aí, meu caro amigo leitor, aí mesmo que tudo vai mudar e, claro, pra pior. Você fez tudo certo, dedicou-se (quase) inteiramente, foi honesto, caridoso, fez-se inesquecível (ou é só o que lhe disseram) e aí, quando aquele ruim está prestes a mudar, ele muda mesmo. E fica péssimo. É quase uma comédia americana imbecil e sem graça, totalmente previsível mas que você, mesmo assim, solta umas risadinhas no final. É inacreditável. Nadou por dias, meses, anos, séculos e sim, você morreu na praia. Sim nada, NÃO! "Nãos" começam a fazer parte de todos seus diálogos, "não acredito", "isso não é possível", "não é verdade", "não faz isso comigo", "não pode ser", "não não não e não!".


2. Raiva
"Por que eu? Não é justo."

Raiva. Ódio. Inquietação. "Com tanta gente fazendo o mal no mundo, por que isso tinha que acontecer justo comigo que estava quietinha aqui, vivendo sonhos em silêncio?" "Com tanta garota que esnoba garotos, por que justo o meu tinha que ter ido embora?" "Tudo que eu fiz, tudo que passamos juntos, não significou nada? Seu ingrato, imbecil, otário, filho da..."


3. Barganha
"Mas e se eu mudar a cor do cabelo e o estilo musical, você fica?"

Clichê: dá-se o jeitinho brasileiro. A gente pode negociar, cancelar a viagem dos meus sonhos pra comprar sua moto, compreender sua profissão duvidosa, aceitar que você suma por dias, fazê-lo gostar de comédia romântica em troca de televisão liberada no domingo à tarde pro futebol, desde que fiquemos juntos, ok? Ah, sem esquecer dos infinitos apelidinhos cafonas, pra amolecer qualquer coração inundado pela otarice de estar amando. Afinal de contas, quando se descobre que está no inferno, a única maneira de sair é negociando com o diabo.


4. Depressão
"Eu sou a pior pessoa do mundo, ninguém me ama, ninguém me quer."

"Ninguém me ama, ninguém me quer" é uma frase muito rica. Primeiro porque começa já na mais profunda das depressões psicológicas "ninguém". Quando você atinge o período da vida de se sentir ninguém, é como se todos os outros seres vivos da Terra vivessem em plena harmonia e, você, sozinho, abandonado e esquecido no vazio do seu quarto. Aí, quando você descobre que até existem outros "ninguém" iguaizinhos à você, eles TAMBÉM o abandonaram porque nem eles o quererm, nem eles o amam. Você continua sendo o mesmo ninguém de sempre.


5. Aceitação
"Tudo vai acabar bem."

E que opção nós temos? Tentou-se de tudo, chorar, gritar, pedir, implorar, negociar e não, caro amigo leitor, não deu certo. Por que? Ora, há mais mistérios entre o céu e a Terra do que sonha nossa vã sabedoria. Talvez você só não seja bem afortunado, bem arrumado, bem bonito, bem interessante e ali, no virar da esquina, sempre haverá alguém melhor do que você. E do que ele(a) também.


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