segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Bobby Alien



Tudo ia muito bem no Reino Desunido. Os pássaros cantavam nas janelas, o frio com Sol fazia surgir sorrisos em todos os rostos do reino. Uma nova dinastia estava para nascer. A nova família real tomaria conta do feudo, após vencer na batalha dos mares. Era primavera. As flores apareciam para ver a boa nova acontecendo. Exalavam um perfume inconfundível, marca do Reino. Era tranquilo, era sereno - não necessariamente feliz. Os capitães juntaram-se às forças armadas por terra e pelo ar e tudo parecia muito protegido. Até mesmo os astronautas cuidavam do universo tão particular. 

Toda força e poder não poderiam combater apenas um mortal inimigo: Bobby Alien. O Reino temia tanto que este nome era proibido por lei de ser mencionado. A última vez que aparecera, devastou e arrasou com tudo, não sobrando nada. Ninguém conseguia combate-lo. Parecia ser invencível. Parecia. A calma no Reino era como um ensurdecedor chamado e as autoridades sabiam disso. Foi então que, numa noite fria, enquanto princesas e príncipes dormiam em seus belos castelos silenciosos, Bobby, ultrapassando todas as forças que ali concentravam-se, invadiu o Reino. Seu semblante facial era de alguém que viria para acabar com tudo, novamente. E não restou mais dúvidas. Destruiu grades, queimou tratados, rasgou todas as flores, acabou com todos os sorrisos. Levou consigo o Sol que restava para iluminar. E fugiu. Para uma galáxia muito longe e inatingível.











domingo, 30 de outubro de 2011









Chuck Bass da vida real


Tem todas as coisas que um dia eu sonhei pra mim. Uma cabeça conturbada igual a minha. Nobreza por berço e por escolha. Participar quase que de forma invisível na vida dele é como compartilharmos nossos mundo numa iCloud da vida real. Essa constante comparação entre o que é realidade e imaginário é o que torna mais e mais intrigante, me fazendo sempre querer voltar, não importa quanto tempo passou. Talvez só apareça quando quero. Talvez apareça quando preciso. Seria o destino tornando-se verdade perante à seis olhos que não acreditam no mesmo? Que tipos de sentimentos podem explicar algo como o que acontece nesse admirável mundo não-revelado? Acredito que na plenitudade dos eventos e das palavras ditas por entre esse tempo, uma única palavra não bastaria para, ao menos, buscar algo de racional do que se passa. É mágico e de pedra. Tão quente quanto um sorvete derretendo ao Sol. Gostos intrelaçados. Trejeitos únicos e nobres que podem ser comparados à velha e extinta elegância do século passado alternados com maus modos de um vivente adolescente da geração y. Fala marcante e, quase sempre, sábia. Deparou-se com a vida adulta e, como eu, provou dos labirintos vitais que já nos deixam encruzilhados. Talvez não conheça o que o dinheiro que, por berço, pode o oferecer - ou apenas não queira. Insatisfeito. Intolerante. Incompreensível. Inesquecível. 

É possível que essa relação initerruptamente inconstante tenha feito estes dois corações apaixonados pela paixão, apaixonarem-se um pelo outro mas, por força de comprometimentos anteriormente fixados, nunca puderam tornar essa paixão em realidade. Talvez seja, justamente, por ser paixão e não amor. Ou amor demais. Porém, por ambos estarem saturados dessas histórias tão previsíveis, intensas, burras, enganatórias e clichês, não entregam-se à sentimentos tão intensos e tão irreais. Cicratizes de amores passados  com fins jamais compreendidos, aprofundaram  nestes jovens corações que desde sempre - e, possivelmente, para sempre - são tão carentes.

Ele não é astronauta. E não é você. Talvez nem mesmo exista. Mas o fiz cansar de tanto me ouvir chorar. Ele me enche de medo. Eu o encho do que lhe falta - e também do que já possui. Nos transbordamos de tanto nos completar e mal aguentamos a presença um do outro, da mesma forma que a distância nos sufoca. Mesmo assim, ele nunca vai embora. E eu também não.





My blood running cold
I stand before him

It's all I can do to assure him
When he comes to me
I drip for him tonight
Drowning in me we bathe under blue light.









domingo, 23 de outubro de 2011

Vou chorar a mesma dor






Eu, cada vez que vi você chegar,
Me fazer sorrir e me deixar
Decidido, eu disse nunca mais.

Mas, novamente estúpido provei
Desse doce amargo quando eu sei
Cada volta sua o que me faz...

Vi todo o meu orgulho em sua mão
Deslizar, se espatifar no chão
Vi o meu amor tratado assim
Mas, basta agora o que você me fez
Acabe com essa droga de uma vez
Não volte nunca mais pra mim

Mais uma vez aqui
Olhando as cicatrizes desse amor
Eu vou ficar aqui

E sei que vou chorar a mesma dor
Agora eu tenho que saber
O que é viver sem você

Eu, toda vez que vi você voltar,
Eu pensei que fosse pra ficar 
E mais uma vez falei que 'sim'
Mas, já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim

Mais uma vez aqui
Olhando as cicatrizes desse amor
Eu vou ficar aqui

E sei que vou chorar a mesma dor
Se você me perguntar se ainda é seu
Todo o meu amor, eu sei que eu
Certamente vou dizer que 'sim'
Mas, já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim.


sábado, 22 de outubro de 2011

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Os 5 Estágios de Kübler-Ross





O Modelo de Kübler-Ross propõe uma descrição de cinco estágios discretos pelo qual as pessoas passam ao lidar com a perda, o luto e a tragédia.

Eu sou louca por Adorável Psicose, a série engraçadíssima do canal Multishow, estrelado, escrito, pensado e finalizado pela incrível Natália Klein. Já aprendi muitas saídas e assuntos que me deram um super help em vários momentos - o que me faz amar a série ainda mais. Pois foi em um desses episódios que conheci os 5 Estágios de Kübler-Ross e que, magicamente, foi como descobrir a resposta pra todos os dramalhões dessa minha vida sagitariana. Os 5 Estágios de Kübler-Ross é como um roteiro lógico da vida, de modo que todos nós somos afetados sempre pelos mesmos cinco lamentáveis estágios, onde quer que nós estejamos, seja lá quem nós realmente somos.

Perceba na prática:

1. Negação
 "Isso não pode estar acontecendo."

 Quando algo ruim acontece, é difícil acreditar. Ou não se quer acreditar. Vai tudo muito bem, ou muito estável, ou muito ruim mas um "ruim confortável" e vai ser aí, meu caro amigo leitor, aí mesmo que tudo vai mudar e, claro, pra pior. Você fez tudo certo, dedicou-se (quase) inteiramente, foi honesto, caridoso, fez-se inesquecível (ou é só o que lhe disseram) e aí, quando aquele ruim está prestes a mudar, ele muda mesmo. E fica péssimo. É quase uma comédia americana imbecil e sem graça, totalmente previsível mas que você, mesmo assim, solta umas risadinhas no final. É inacreditável. Nadou por dias, meses, anos, séculos e sim, você morreu na praia. Sim nada, NÃO! "Nãos" começam a fazer parte de todos seus diálogos, "não acredito", "isso não é possível", "não é verdade", "não faz isso comigo", "não pode ser", "não não não e não!".


2. Raiva
"Por que eu? Não é justo."

Raiva. Ódio. Inquietação. "Com tanta gente fazendo o mal no mundo, por que isso tinha que acontecer justo comigo que estava quietinha aqui, vivendo sonhos em silêncio?" "Com tanta garota que esnoba garotos, por que justo o meu tinha que ter ido embora?" "Tudo que eu fiz, tudo que passamos juntos, não significou nada? Seu ingrato, imbecil, otário, filho da..."


3. Barganha
"Mas e se eu mudar a cor do cabelo e o estilo musical, você fica?"

Clichê: dá-se o jeitinho brasileiro. A gente pode negociar, cancelar a viagem dos meus sonhos pra comprar sua moto, compreender sua profissão duvidosa, aceitar que você suma por dias, fazê-lo gostar de comédia romântica em troca de televisão liberada no domingo à tarde pro futebol, desde que fiquemos juntos, ok? Ah, sem esquecer dos infinitos apelidinhos cafonas, pra amolecer qualquer coração inundado pela otarice de estar amando. Afinal de contas, quando se descobre que está no inferno, a única maneira de sair é negociando com o diabo.


4. Depressão
"Eu sou a pior pessoa do mundo, ninguém me ama, ninguém me quer."

"Ninguém me ama, ninguém me quer" é uma frase muito rica. Primeiro porque começa já na mais profunda das depressões psicológicas "ninguém". Quando você atinge o período da vida de se sentir ninguém, é como se todos os outros seres vivos da Terra vivessem em plena harmonia e, você, sozinho, abandonado e esquecido no vazio do seu quarto. Aí, quando você descobre que até existem outros "ninguém" iguaizinhos à você, eles TAMBÉM o abandonaram porque nem eles o quererm, nem eles o amam. Você continua sendo o mesmo ninguém de sempre.


5. Aceitação
"Tudo vai acabar bem."

E que opção nós temos? Tentou-se de tudo, chorar, gritar, pedir, implorar, negociar e não, caro amigo leitor, não deu certo. Por que? Ora, há mais mistérios entre o céu e a Terra do que sonha nossa vã sabedoria. Talvez você só não seja bem afortunado, bem arrumado, bem bonito, bem interessante e ali, no virar da esquina, sempre haverá alguém melhor do que você. E do que ele(a) também.


Doubts






Dúvidas geram perguntas que geram ansiedade e encômodo. Isso sempre esteve comigo. E agora, mais do que nunca. Por que, afinal, você foi embora?




Mad Freud

















quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Dia das Crianças



Seria fácil eu falar de coisas bonitas e encantadoras que supostamente rondam a infância, enchendo-a de felicidade... não só fácil como clichê. Então, vamos assim... "Quando eu era criança", talvez como a maioria delas, eu queria logo ser adulta, independente, sozinha, viajar o mundo e voltar pra uma casa só minha onde eu pudesse dançar qualquer música pop cafona bem alta em todos os cômodos da casa e comer a parte do meio de uma melancia inteira. Eu queria ter dinheiro, ser modelo, ser médica, ser executiva e vendedora de loja. Queria um namorado pra me ligar o dia inteiro. Comia todos os doces da casa escondido. Tive muitas cáries e nenhum medo de dentista e muito menos de andar na rua. Mas havia uma coisa que eu detestava mais do que tudo naquela universo: a escola. Chorei muito por culpa dessa maldita... mas deixa essa parte pra lá.

Quando eu era criança, eu queria fazer tudo que me fizesse sentir livre. E fazia. E sonhava. Hoje, que a vida real já me fez cair de bunda no chão várias e várias (e, tipo, várias) vezes, sinto um pouco de receio na hora do "vamos ver" mas não deixei o "bota a cara" de lado.

Essa foto aí de cima, eu tirei no avião indo pro Rio. Essa menina era mais uma dessa geração duracell - a qual eu conheço bem por ter um exímio representante da época em casa, como meu irmão - que não parou quieta nem por um minuto, nem mesmo quando passávamos por uma nuvem de chuva de granizo e sua mãe rezava com um terço na mão para que não morressemos ali, de forma tão... enfim, essa menina era daquelas criONÇAS detestáveis, com mil habilidades precoces, mais adultas que muito adulto. Mas quando ela parava e ficava quietinha assim, como na foto, mesmo que por segundos, ela me fazia lembrar de mim com essa idade o que, imediatamente me remetia àos sonhos infantis. Nosso destino era o mesmo. Nosso paraíso mental também. Ser criança, pra mim, é acreditar, sem medo, sem preconceitos, sem fim, sem pouso... mas sem poder comer uma melancia inteira sozinha.



segunda-feira, 10 de outubro de 2011



Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais.'


Caio F


domingo, 9 de outubro de 2011

Hell...GOOD BYE!


Quando uma coisa é boa demais pra ser verdade, é porque geralmente não é. Não sei com vocês, leitores descolados e bem resolvidos, mas comigo costuma ser assim.
No começo, os caras (dizem que) gostam de mim. Dali a pouco, eles (enfatizam que) gostam muito de mim. E então eu penso, "é, quem sabe, de repente", e aí eu começo a gostar deles. Dali a pouco, eu passo a gostar muito deles. E quando eu penso que tudo vai dar certo, afinal, os dois gostam muito um do outro, algo acontece. Ou melhor, alguém acontece.
Tem sempre uma outra pessoa no meio do caminho.
Não que eu acredite em vidas passadas, mas eu devo ter sido uma destruidora de lares sem coração. Ou então, tenho um talento nato para escolher os que não me escolhem. Os que me escolheriam, eu certamente deixo passar.
Estou cansada desse déjà vu dos infernos. Já ouvi certas frases tantas vezes que elas nem machucam mais. Passam batidas, como aquela mulher que entrou no supermercado com uma faca nas costas e não sentiu nada. Eu vi no Fantástico uma vez.
"Gosto muito de você, mas" continua sendo meu hit. Seguido por "não me compare com os outros" e "não quero te magoar". Se houvesse uma playlist das minhas frustrações, essas três estariam no topo, tocando em modo repeat. Em (des)compensação, existe uma porção de coisas incríveis que eu nunca ouvi de ninguém.
Mas o que me deixa mais triste não é nem o fato de que as coisas podem (e provavelmente vão) dar errado. O mais triste é que eu não acredito mais que elas possam dar certo. Eu me restrinjo a ser uma mera observadora dos acontecimentos, daquelas bem chatas, que comentam em voz alta: "viu, eu sabia que ia dar merda."




Quer mais?


sábado, 8 de outubro de 2011

Capítulo do Meio



É a pior morte, a do amor. Porque a morte de uma pessoa é o fim estabilizado, é o retonro para o nada, uma definição que ninguém questiona. A morte de um amor, ao contrário, é viva. O rompimento mantém todos respirando: eu, você, a dor, a saudade, a mágoa, o desprezo ― tudo segue.E ao mesmo tempo não existe mais o que existia antes. É uma morte experimentoas: um ensaio para você saber o que significa a morte ainda estando vivo, já que quando morrermos de fato, não saberemos.

Então é isso que começo agora, minha trajetória de morta-viva, com algumas horas morta, outras mais vivas, dependendo do que me chega, se um convite para sair ou uma lembrança corrosiva que abate e me destrói. A cada meia hora, um estado de espírito diferente. À noite, meu cansaço é igual ao de um maratonista, é como se eu tiovesse atravessado dezenas de quilômetros, entre subidas e descidas. Mas, ao contrário do que acontece nas ativbidades físicas, as descidas são as que mais consomem minha energia.


"Ele está morto. Ela aos ais
Mas neste lúgubre assunto
Quem fica viúvo é o defunto
Porque esse não casa mais."


Os versos de Mário Quintana tentavam me explicar que o amor termina apenas para aquele que morre: quem sobrevive dedica-se a um breve luto e depois volta pra casa ― e voltar pra vida quase sempre significa voltar a amar.



terça-feira, 4 de outubro de 2011

Eu o encontrei quando não quis mais encontrar meu amor



Negação



 Pode não parecer, mas nego a realidade. Nego pra que ela pare de doer. Nego pra fingir que foi embora, que a desconheço, que nunca existiu. Ela mora dentro de mim e meus dias resumem-se a fingir. Negar. E se, por descuido, ela aparecer, em seguida encontro outra ilusão. Em mundo de astronauta, não existe razão, não existe relógio, mas mesmo assim o tempo passa. Mesmo assim a realidade insiste. Em mundo real, não existe astronauta. Deveria eu negar a comprida jornada ou a rápida carona do seu foguete? Negar é arte, é medo, é precisão de movimentos milimetricamente desenvolvidos. Eu te nego na minha realidade e te aceito na minha ilusão. Te quero, não nego não, mas não espere eu pôr os pés no chão.



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ahhh...






Fala pra ele
Que ele é um sonho bom
Que mudou o tom
Da tua vida
Comprida


Fala pra ele
Do disco do tom jobim
Do seu apelido e de mim
E chora
Ah, dindi...

Se tu soubesses como machuca
Não amaria mais ninguém

Fala pra ele
Que a vida é um balão

Pra cuidar do seu coração
E chora
-pra onde elas vão?
-embora...
Ah, dindi...

Se tu soubesses como machuca
Não amaria mais ninguém
Ah, dindi
Se tu soubesses

Ah, se tu soubesses
Não contaria pra ninguém
Fala pra ele o que nunca falou pra ninguém
Pra ele também.





domingo, 2 de outubro de 2011










Mundo da Lua




Coração, de eterno flerte
Adoro ver-te.

Menino vadio...



... quando eu te vejo
Eu desejo o teu desejo...
Calor que provoca arrepio,
Toma esta canção
Como um beijo...



Hipotéticamente


"Hipoteticamente, você se casaria comigo?", ele me perguntou, enquanto assistíamos tevê na sala.
"Como é que é a história?", rebati em tom de deboche.
"Você se casaria comigo, hipoteticamente?", repetiu.
"Se eu me casaria com você?"
"Hipoteticamente."
Eu ri, enquanto meu cérebro fazia um milhão de sinapses involuntárias.
"Não sei", respondi. "Hipoteticamente, o que você teria pra me oferecer?"
"Eu sou mais alto que você, pra começar."
"Ok, é um bom começo. Que mais?"
"Eu vou ter uma carreira promissora. Eventualmente."
"Aham."
"Eu posso ter muito dinheiro. Um dia."
"Bom, bom. Eu poderia me casar por dinheiro."
"Né?"
"As pessoas subestimam a necessidade de se ter muito dinheiro."
"Malditas pessoas."
"Quem disse que não traz felicidade?"
"Com certeza alguém que não tem muito dinheiro."
"Recalcados. Se o dinheiro não traz felicidade, ele manda um voucher."
"Um voucher?"
"É. Se você tem um voucher pra felicidade, você só não é feliz se não quer."
"Voucher pra felicidade não é letra de música sertaneja?"
"Não. Aí seria o primeiro avião. E você não pode pegar o primeiro avião sem ter o voucher."
"Ah, o voucher."
"O voucher."
E continuamos a assistir tevê. Estava passando American Dad e o alienígena da família ia ver um show da Barbra Streisand interpretando Celine Dion.


+

 

Living a Lie















O maior poder do ser humano é o dom da superação. Ninguém tem força pra rasurar minha alegria se eu não permitir. Ver-se no outro estando numa situação diferente, mas relembrando que você já teve o mesmo comportamento e repudiar isto, só reafirma meu desejo de abdicar das coisas que abdiquei. Não se julga uma pessoa inteira pela sua atitude, mas pode-se simplesmente entender e não aceitar. O que agora pode ser aparentemente negativo porque me causa desconforto, serve pra reforçar minha vontade de continuar nutrindo uma nova vida. É muito bom ir ganhando discernimento e aprendendo a lidar com situações insuportáveis com tranquilidade, falando baixo e fazendo o que pode ser feito...

          Marla de Queiroz 


























Teoria Amorológica






Passei a semana toda indo dormir às 4a.m., no mínimo. Indo, não se iludam com indo e efetivamente dormindo. Motivo (clássico): trabalhos da faculdade na última hora. Bem, faculdade é uma instituição sugadora de tempo, criatividade, expressão e, principalmente, dinheiro. Mas isso é assunto pra outro post.

Nessas noites frias da região serrana do sul do Brasil, ficar acordada até altas horas, com uma boa conexão à internet, me faz refletir sobre uma porção de coisas, já que a madrugada sempre me ofertou essa abertura e fluxo livre na mente do que no resto do dia. E foi criando o trabalho clichê sobre o expressionismo que deparei-me com coisas que remetem meu passado. A nostalgia foi tanta que por vezes caí em um mesmo vale de lágrimas, quase quase sem fim.

Ao término de uma relação amorosa, principalmente se ela foi intensa (como a minha), ficamos todos nós, meros mortais, mais sensíveis à "sinais" que a vida nos cutuca. É de praxe que a pessoa que então torna-se mais um carente no mundo, fique suscetível à músicas, filmes, gestos, sensações, situações que o façam sentir-se o último dos românticos que resistiram à guerra pós-modernimo. Sim, porque ser moderno hoje é ser independente e ser independente significa não depender de algo ou alguém. Acreditem.

E então, ao deparar-se com o mundo real outra vez, numa rápida análise em meio ao turbilhão de situações que acabaram tornando-se corriqueiras, percebe-se um grande número de carentes ao seu redor e, surpresa!, você já não se sente tão sozinho. Redes sociais integram nossos infinitos particulares de forma rápida, curta e objetiva para que todos possamos nos curtir e nos sentir um pouco mais amados, novamente. A carência e o desespero é tanto, que uma notificação muda tudo.

Eu sou a favor. Sim. Sou a favor do instantâneo, do "pra ontem", do "só por uma noite" - mesmo que queira um belo "só para sempre". Sou a favor da internet, das redes sociais, das propagandas e da incrível forma com que todas essas coisas nos unem com pessoas completamente estranhas que tornam-se, rapidamente, followers ou novos "amigos". E sou a favor do amor, não importa como, quando e onde.






"Dear past, stop tapping me on the shoulders. I don't want to look back."