sábado, 13 de agosto de 2011

Amor Neon



Eu estava lá ontem, mas só fisicamente, minha alma vagava por outro lugar. Bebi pra tentar esquecer mas todos os casais resolveram amar-se bem na minha frente. Cantei pra tentar esquecer mas todas as músicas romanticafonas a banda resolveu tocar. Inclusive aquela nossa. Têm certas coisas na vida que não se esquece e daquela música, que diz tanto - e no fundo não diz nada - nunca vai sair da minha cabeça. Frases de consolo ditas no meu ouvido não me faziam esquecer de nada, muito pelo contrário. Te vi em muitos rostos. Te vi em muitos beijos. E chorei ali, baixinho,  lendo mensagens velhas. A nostalgia de pensar no passado - 2 dias atrás é passado? - tomava conta de mim que permaneci sem me mover. Vaguei por entre os caminhos tão conturbados da minha mente que a pouco haviam se organizado. Me senti sozinha de novo. Aquela tristeza, aquele vazio de pensar que se é nada quando um dia foi tudo... e é ali, resumida no nada dessa vida incompreensível que, atordoada, eu resolvi te ligar. Não. Tu não gosta de ser acordado. Era tarde, provavelmente já estava no teu sono mais profundo. Respirei fundo as lágrimas que quase caíram dos meus olhos e pensei em não pensar. Mas só de pensar, já lembrou. O amor é uma festa. De vez em quando inclui ressaca. E eu vivi ali, no meio de outra. Exageradamente, eu quero cantar o amor antes que o amor acabe e fiz isso e pensei mais em ti. Pensei nas mudanças que tu insiste em negar. Mas sim, nós mudamos sim, de vida, postura, cidade, sentimento.. A diferença é que eu mudei por ti, achando que fosses mudar por mim. Mas é claro que a vida ia se vingar de mim. E da forma mais lógica.



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