terça-feira, 27 de setembro de 2011
Onde Está
Existem uns sorrisos faiscantes
Tentando em quietude me persuadir
Não sei se espero mais um pouco
Ou os tomo todos para mim
Minha mente diz já estar cheia
Coração está vazio, rotineiro e cansado
Então alguém pode me responder
Onde está quem eu quero ao meu lado?
Creio que um pouco distante se encontra
Mas isso já não me cabe afirmar
Não conheço a cara, nem mesmo o nome do amor
Mas correria o risco de até cego provar
Na verdade o que eu tenho é medo
De não mais conseguir permanecer sem alguém
Render-me no último momento a um sorriso
Tão passageiro que até me entretém
Então vou esperar dois ou três dias
Ignorando o sorriso mais lindo do mundo
Mesmo que o quisesse, talvez jamais o teria
Nem mesmo por um sigiloso segundo
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Ainda é inverno, mas o sol acaricia a pele da cidade e faz recortes de luz feito um mosaico. Andar por aí é como passear numa aquarela ainda fresca, suas cores dançando, nenhuma paisagem ainda definida. Primavera se ajeitando e carregando de vermelho as pitangueiras. (…) Como não estar feliz e ser grata por tanta beleza gratuita? (…) Estejamos prontos para as maiores delícias e saibamos receber amorosamente esta atmosfera suave.. todo o resto tem solução.
— Marla de Queiroz
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Acho que estou realmente cansada. Falei demais sobre tudo e continuo no escuro. E a minha recusa em tocar nas coisas me impede de sair tateando em direção à luz. E mais uma vez eu uso palavras pra tentar me defender de algo, de mim. (Talvez eu precise parar de ler Clarice Lispector…)— Marla de Queiroz
Talvez eu devesse escrever uma carta em branco pra dizer que quero silenciar: que se o silêncio ainda estiver esperando por mim, eu aceito. Preciso esquecer as palavras, preciso me despedir delas para começar a experimentar a vida com honestidade. Talvez silenciando eu consiga ser mais honesta com você. Eu que precisei escrever tanto pra dizer isto: que preciso silenciar.
(Talvez eu só tenha escrito isso tudo pra conseguir chorar… E usar a palavra “talvez” pode ser o início do abandono de tantas certezas; o início do uso mais corriqueiro da frase “eu não sei”.)
Talvez isso seja um começo de alguma coisa.
Talvez isso seja um fim.
Talvez sejam apenas hormônios…
Mas isso tudo se parece muito com tristeza…
Eu não sei.
Eu sou estas reticências entre parênteses: (…)
Amor é pra ser derramado mesmo, como for, do jeito que der…esqueça quem não merece, as decepções. O amor é seu e você faz dele o que quiser. Seja amorável, não se deixe envenenar, ao contrário, influencie. Transcenda ao amor romântico, procure-o numa dimensão maior. Tenha uma vida amorosa nos gestos, nos pensamentos, nas tuas mudanças. Seja grato, seja merecedor, seja melhor, aproveite a tua existência para deixar seu rastro, seu perfume espiritual e pra ser feliz.— Marla de Queiroz
domingo, 18 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Diário de Viagem
" Eu tô muito longe de casa, em um lugar onde a vida acontece das mais variadas formas. O Rio me faz pensar no passado como se o futuro não ultrapassasse o presente. Há vida aqui transbordando de um mar cheios de diferenças, gritando pelo seu nome, seduzindo-o até você querer participar.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Quero ficar triste.
Não quero mais a obrigação de estar feliz o tempo inteiro, aliás, não só feliz mas também forte, firme, conformada, respeitosa, paciente, calada, autosuficiente. Cansei. E, sem perceber, comecei a fazer tudo de novo, projetando imagens e desejos nas pessoas ao meu redor. Elas não tem culpa de eu estar assim, logo, não tem a obrigação de superar minhas espectativas sobre elas.
Quem já sentiu essas dores, conhece o drama e, tenho certeza, não quer relembrar. Mas essa "obrigação" de felicidade tem me encomodado muito. Não sei mais sonhar, são sempre pesadelos. Se a gente já não sabe mais rir um do outro, meu bem, então o que resta é chorar e talvez, se tem que durar, vem renascido o amor, bento de lágrimas - é o que diz a banda que aprendi a gostar por ti. E sempre há esse "você", mesmo que eu tenten me desvituar desse ciclo vicioso, há sempre você. Dentro de mim, nas ruas montanhosas, nos melhores cafés, no mesmo banco do ônibus, nos rostos das pessoas na rua... cadê você?
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Não Fale
Não falem mais, eu não quero ouvir. Não opinem mais, eu não quero entender. Não contem mais, eu não quero saber. Acabou, entende? Acabou. Me deixa agora. Me deixa entender isso, digerir isso, engolir isso. Se vai ser à seco, não importa. Nunca importou. Nunca importei nada pra você. O que quer agora? Não tenho mais nada a oferecer, não está vendo? Vai embora. Me deixa. Me abandona você também. Me esquece. Siga a sua vida, siga o seu rumo. Não há mais espaço pra mim em sua vida? Ótimo. Na minha também não cabe mais você. Nem você nem ninguém. Não me interessa se saiu, não me interessa se já encontrou outras bocas, outros corpos. Foda-se. Isso mesmo. Isso é pra você mesmo: foda-se. Você e essa sua fase desprezívelmente imatura. Vai. Vai lá curtir 3, 4, 10, mil noites, tardes, dias inteiros.
Eu vou fazer o mesmo. Longe, esquecida, distante, abandonada, perdida por você.
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